Síntese do Ano Santo Jubilar 2025 proclamado pelo Papa Francisco
Publicado em: 07/03/2025



O Jubileu de 2025 será celebrado sob o sinal da esperança, como nos recorda São Paulo: "A esperança não engana" (Rm 5,5). O Papa Francisco nos convida a viver este tempo como um encontro pessoal e transformador com Jesus, a verdadeira porta da salvação. Muitos peregrinos virão a Roma, mas aqueles que não puderem viajar celebrarão o Ano Santo em suas comunidades locais. Que seja para todos uma ocasião para renovar a confiança no amor de Deus e fortalecer a certeza de que Cristo é nossa esperança!

A esperança é uma força que sustenta a vida cristã, mas vivemos em um mundo onde muitos olham para o futuro com medo e pessimismo. O Papa nos convida a reavivar a esperança neste Jubileu, pois a Palavra de Deus nos dá razões para confiar. Como São Paulo escreve aos Romanos, fomos justificados pela fé e estamos firmes na graça, glorificando-nos na esperança da glória de Deus.

A verdadeira esperança nasce do amor e tem seu fundamento no coração trespassado de Jesus. É o Espírito Santo quem a mantém viva em nós, sustentando-nos diante das dificuldades. Nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a dor, nem qualquer adversidade. Esta esperança, fortalecida pela fé e alimentada pela caridade, nos dá coragem para avançar.

São Paulo também nos lembra que a esperança está ligada à paciência. Vivemos em um mundo acelerado, onde tudo precisa ser imediato, e perdemos o sentido da espera e da contemplação. A paciência nos ensina a confiar nos tempos de Deus, a perseverar na fé e a encontrar sentido até nos momentos difíceis.

O Jubileu de 2025 será um tempo para redescobrirmos essa esperança. Como peregrinos, somos convidados a olhar para Cristo e a caminhar com confiança, certos de que Ele nunca nos abandona. Que este Ano Santo nos ensine a sermos sinais vivos de esperança no mundo, levando a luz do Evangelho a todos os que encontram dificuldades em acreditar em um futuro melhor.

“Os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Is 40,31).

 

 

 

O Jubileu de 2025 nos convida a uma peregrinação de esperança, uma jornada de fé e renovação interior. O Papa Francisco nos recorda que a esperança e a paciência caminham juntas e que a vida cristã é um caminho que exige momentos de graça para nos fortalecer. Desde os primeiros jubileus, a Igreja tem oferecido a experiência da misericórdia de Deus, através da peregrinação, da reconciliação e da indulgência, reafirmando que o amor de Deus é fonte inesgotável de esperança.

Neste Ano Santo, somos chamados a atravessar a Porta Santa, não apenas como um gesto simbólico, mas como um compromisso de conversão e renovação espiritual. A peregrinação, seja física ou interior, nos conduz ao encontro com Cristo, que é a própria esperança. A Igreja nos convida a intensificar a oração, a vivência dos sacramentos, especialmente a Confissão e a Eucaristia, e a sermos sinais vivos da esperança no mundo.

O Jubileu não é apenas uma celebração do presente, mas um caminho que nos prepara para 2033, quando a Igreja celebrará os dois mil anos da Redenção de Cristo. Caminhemos juntos, como Peregrinos da Esperança, confiantes na graça de Deus, que nos guia e sustenta. Que este Jubileu reacenda em nós a alegria do Evangelho e fortaleça nosso compromisso com um mundo mais fraterno, justo e cheio da luz de Cristo!

“A esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5).

 

 

 

O Jubileu de 2025 nos convida a enxergar os sinais de esperança que Deus manifesta no mundo. Como nos ensina o Concílio Vaticano II, é dever da Igreja interpretar os sinais dos tempos à luz do Evangelho, para que possamos responder às necessidades do nosso tempo. Diante dos desafios da humanidade, devemos reconhecer e cultivar as sementes de esperança que brotam na paz, na solidariedade e no compromisso com os mais vulneráveis.

A paz é o primeiro grande sinal de esperança que devemos buscar. Em um mundo marcado por guerras e violência, o Jubileu nos recorda que os verdadeiros filhos de Deus são aqueles que promovem a paz. A diplomacia, o diálogo e a reconciliação são caminhos necessários para a construção de um futuro sem medo e sem destruição.

Outro sinal de esperança é o dom da vida. O Papa Francisco nos alerta sobre a crise da natalidade, que reflete um mundo sem perspectiva de futuro. Apoiar as famílias, oferecer segurança e acolhimento aos jovens casais e construir uma sociedade mais solidária são atitudes que promovem a esperança e a continuidade da vida.

Os pobres, os presos, os doentes, os migrantes, os idosos e os jovens são também destinatários dessa esperança. O Jubileu nos desafia a sermos presença viva na vida daqueles que sofrem: oferecer dignidade aos reclusos, cuidado aos doentes, acolhimento aos migrantes, atenção aos idosos e um futuro promissor para os jovens.

O Jubileu de 2025 deve ser um tempo de compromisso concreto. A esperança não é apenas uma ideia ou um desejo vago, mas uma atitude de fé e ação. Que possamos, como Igreja, ser sinais vivos de esperança, testemunhando a misericórdia de Deus e construindo um mundo mais fraterno.

“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).

 

 

 

O Jubileu de 2025 nos recorda que os bens da terra pertencem a todos e não podem ser privilégio de poucos. O Papa Francisco nos convida a um compromisso real com os que mais sofrem, denunciando a fome como uma ferida escandalosa na humanidade. Ele nos desafia a transformar os imensos recursos usados para a guerra em um fundo global para erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento dos países mais necessitados. Além disso, faz um apelo para que as nações ricas perdoem as dívidas dos países mais pobres, reconhecendo a desigualdade econômica e ecológica como obstáculos à verdadeira paz. O Jubileu deve ser um tempo de justiça, solidariedade e compromisso concreto com os mais vulneráveis.

Este Ano Santo também trará um marco histórico para o cristianismo: os 1700 anos do Concílio de Niceia, o primeiro grande concílio ecumênico da Igreja. Foi ali que os bispos reafirmaram a fé na plena divindade de Jesus Cristo e proclamaram juntos o Credo Niceno, que ainda hoje professamos. Niceia nos lembra da importância da unidade entre os cristãos, e o Papa Francisco nos convida a avançar neste caminho, especialmente buscando uma data comum para a celebração da Páscoa.

O Jubileu é um tempo de conversão e de esperança. Somos chamados a construir um mundo onde ninguém passe fome, onde os pobres tenham dignidade e onde a Igreja caminhe unida na fé e na caridade. Que este tempo de graça desperte em nós o desejo de justiça e comunhão, tornando visível a presença de Deus no mundo.

            "Que todos sejam um só, para que o mundo creia" (Jo 17,21).

 

 

A esperança, junto com a fé e a caridade, é uma das três virtudes que sustentam a vida cristã. Ela é a luz que orienta nossa caminhada, nos mantendo firmes mesmo diante das dificuldades. O Papa Francisco nos convida a sermos "alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração" (Rm 12,12), vivendo com generosidade, oferecendo amizade, serviço e cuidado ao próximo. Nosso testemunho cristão deve ser fonte de esperança para os que nos cercam.

Nossa esperança está enraizada na certeza da vida eterna. Cremos que a história não caminha para o vazio, mas para o encontro definitivo com Deus. Cristo morreu e ressuscitou, abrindo para nós as portas da eternidade. O Jubileu é um tempo para redescobrir essa verdade, fortalecendo nossa fé na ressurreição e renovando nossa vida no Batismo. Desde os primeiros séculos, os cristãos construíram fontes batismais em forma octogonal, recordando que o Batismo nos introduz no "oitavo dia", o tempo da vida eterna.

O testemunho dos mártires, que entregaram a vida sem renunciar à fé, nos inspira a sermos firmes na esperança. Eles representam o "ecumenismo do sangue", unindo cristãos de diferentes tradições na fidelidade ao Evangelho. O Papa deseja que este Jubileu tenha uma celebração ecumênica, ressaltando essa unidade vivida no sacrifício.

Olhamos para o futuro com a esperança da vida eterna, onde seremos plenamente felizes em Deus. A felicidade verdadeira não é passageira, mas se realiza na comunhão com o Senhor, que nunca nos abandona. O Juízo de Deus não deve ser visto com temor, mas como o momento em que sua misericórdia se manifesta plenamente, purificando-nos para o encontro definitivo com Ele.

O Jubileu nos recorda também a beleza da Confissão. Deus nos perdoa sem limites, afastando de nós os pecados como "o Oriente está distante do Ocidente" (Sl 103,12). O Papa reforça a importância da indulgência jubilar, que nos permite experimentar a graça da reconciliação e da renovação interior.

Maria, Mãe da Esperança, nos guia nesse caminho. Aos pés da cruz, mesmo na dor, ela permaneceu firme, confiando na promessa de Deus. Como Stella Maris, ela nos conduz com segurança pelas tempestades da vida. Os santuários marianos serão lugares especiais de acolhimento durante o Jubileu, oferecendo aos peregrinos um refúgio espiritual.

A imagem da âncora, mencionada na Carta aos Hebreus, representa a estabilidade da esperança cristã. Ancorados em Cristo, podemos enfrentar qualquer tempestade sem nos deixar abalar. Este Jubileu deve nos fortalecer na confiança em Deus, renovar a fraternidade entre os povos e nos preparar para o reencontro com o Senhor. Que nossa vida proclame ao mundo: "Confia no Senhor! Sê forte e corajoso, e confia no Senhor" (Sl 27,14).

Pe. Amarildo Marçoli